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domingo, 22 de julho de 2018

RODA DE SAMBA



Olhando a foto parecem velhas amigas. Porém, acabaram de se conhecer. Uma me levou ao samba. A outra, sem querer me achou no samba. Coincidência e alegria. O samba, para quem gosta, tem dessas coisas. A que me levou quer saber quem é a outra. Vai logo perguntando e as duas engatam no requebro. É quase um desafio. Desafio cujo motivo se perde. Não há protagonismo numa roda de samba. Quem não toca, canta; quem não canta, batuca ou bate a mão. E há quem faça tudo.

Mesmo não assíduo, posso dizer que para o samba sempre fui levado. Talvez por reconhecer nele parte da minha identidade. Não gosto de samba por ser brasileiro, mas me sinto brasileiro também por gostar de samba.

“O samba, a prontidão e outras bossas são nossas coisas, são coisas nossas”, já dizia Noel Rosa.

Embora não tenha conhecido minhas amigas numa roda, eis que agora as observo juntas, improvavelmente juntas, na beleza do gingado. Coincidência ou não, o samba tem dessas coisas.

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