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sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

O RAPAZ DO "BOM DIA"

A imagem pode conter: 1 pessoa, em pé, criança, planta e atividades ao ar livre

Dizer bom dia para alguém e não receber resposta é uma merda. Literalmente me estraga o dia. Então entra aquela história de psicologia, de tentar entender o outro, e no final a gente liga o “foda-se” e na próxima vez já nem olha na cara da pessoa. Simples assim.

Por outro lado, existe um quê sacerdotal num bom dia sincero. É algo que começa dando cores ao dia. Tem um rapaz por quem passo quase toda manhã, chegando ao serviço, que sempre me dá bom dia. Não bastasse isso ele também me deseja um bom trabalho. É interessante perceber como ele quase interrompe a sua varrição de calçada para o cumprimento. Demonstra uma atenção que poucas vezes, de poucas pessoas, vi na vida. Esta semana perguntei-lhe o nome -Felipe- porque desejei tratá-lo com mais consideração. Então, à sombra das árvores de nossa rua, reparei num tanto de folhas que ele já havia amontoado. Ordem e harmonia. As folhas juntadas por partes potencializam o resultado da vassoura. Assim como a quase imperceptível paradinha para o cumprimento demonstra a importância que a pessoa dele dá às pessoas.

Pode-se até dizer que um bom dia não é algo emergencial. No entanto, é fundamental. Bom dia é para agora. Nem para ontem, nem para amanhã. E nada do que qualquer um faça de bom para o outro poderá substituir o bom dia. Um bom dia é bom porque sempre começa. De minha parte, para o Felipe, cuja postura torna o meu desconfiado mundo mais humano, desejo, além de um bom dia e um bom trabalho, uma boa e feliz vida.

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