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domingo, 8 de maio de 2016

COLETÂNEA DE MÃES II

fonte da imagem: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=40781

Eu escrevo, se me perguntassem, primeiramente para as mulheres. Não pela intuição ou desconfiança. Nem pela capacidade de instigar chuva. Eu escrevo para as mulheres pelo acolhimento. A natureza as fez assim. Acolher o filho, o pai, o irmão, o amante. Acolher também a própria mãe, as amigas, as filhas das amigas. Nas mulheres o acolhimento pontua, provoca, incentiva. Nas mulheres o acolhimento não julga; agasalha, compreende, aconselha. Acolhimento nas mulheres é colo, é ventre, é grão; e é maciez, berço e beijo. O homem, no acolher da mulher, volta a ser homem, filho, bebê. Mulheres acolhedoras acolhem hábitos, vícios, pensamentos.


Mulheres acolhedoras, nem todas. E há homens acolhedores da maior suavidade. Mas é diferente.

texto de 2003, revisado em 07/05/2016

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