GRAÇA FOI O QUE DEFINIU NA INFÂNCIA O MEU SOBRINHO JUNIOR.
GRAÇA NO JEITO APRESSADO DE FALAR E FAZER SUAS RÉPLICAS. GRAÇA NO OLHAR DE LADO, AQUELE DE QUEM PONDERA O QUE ESTÁ OUVINDO E O QUE IRÁ DIZER. ESTAVA SEMPRE DE PRONTIDÃO PARA FAZER NOVAS PERGUNTAS. ÀS VEZES SURPREENDIA COM VOCABULÁRIO AVANÇADO PARA SUA IDADE.
ANTES DE VIVER A FASE DOS DINOSSAUROS, EMBALADO PELA FANTASIA DE SPIELBERG, ELE JÁ DESENHAVA BEM. ALÉM DE REPRODUZI-LOS NO PAPEL, APROFUNDOU-SE NOS NOMES E NAS ESPÉCIES DESSES EXTINTOS. SEU FEITO MAIS INCRÍVEL ERA COM UMAS PEÇAS DE ENCAIXE DO TIPO LEGO. ELE CONSEGUIA FORMAR ANIMAIS COM ELAS, MESMO TENDO TODAS O TAMANHO ÚNICO DE UM CUBO. CERTA VEZ REPRODUZIU UM TUBARÃO, E A SEMELHANÇA FOI TANTA QUE NA HORA EU SOLTEI UMA GARGALHADA. JUNIOR, COM CERTO RECEIO, ACHANDO QUE NÃO HAVIA FEITO UMA BOA MONTAGEM, PERGUNTOU-ME:
-TÁ PARECIDO COM O QUÊ, TIO?
HOJE, CLARO, NÃO OUÇO DELE PERGUNTAS DESSE TIPO. NEM DE TIPO NENHUM. A COMUNICAÇÃO, OU O SILÊNCIO, É UMA ESCOLHA ADULTA NA QUAL NÃO SE PODE INTERFERIR.
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