Eis que da janela da cozinha avisto uma gata no telhado espiando dentro. Parece fêmea. Quando me vê, fica mais interessada. Não foge, deixa que eu tire fotos e mia para mim. Bem cuidada e robusta, deve ter dono. A distância entre o telhado e a janela não me permite acariciá-la. Ela permanece ali por um tempo. Hesita na hora de ir embora, como aqueles vizinhos que ainda têm algo a dizer.
Às vezes me sinto sozinho. Mas,
afinal, quem é que nunca se sente? Porém, como a própria gata vizinha
demonstra, é só um começo de dia. Importa quais janelas e portas deixar abertas
para que a vida de um sábado flua sem solidão.
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