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domingo, 4 de junho de 2017

O COMEÇO DO DIA




Eis que da janela da cozinha avisto uma gata no telhado espiando dentro. Parece fêmea. Quando me vê, fica mais interessada. Não foge, deixa que eu tire fotos e mia para mim. Bem cuidada e robusta, deve ter dono. A distância entre o telhado e a janela não me permite acariciá-la. Ela permanece ali por um tempo. Hesita na hora de ir embora, como aqueles vizinhos que ainda têm algo a dizer.


Às vezes me sinto sozinho. Mas, afinal, quem é que nunca se sente? Porém, como a própria gata vizinha demonstra, é só um começo de dia. Importa quais janelas e portas deixar abertas para que a vida de um sábado flua sem solidão.

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