Não obstante o tempo passa. Rápido, devagar e sempre alheio à nossa percepção. Se não fizermos nada, o tempo passará; e por mais que façamos continuará passando. É hoje uma coisa, uma prioridade; lá na frente já é outra, modificada ou com muitas dissipações.
Dias desses eu falava com Fernando, amigo das antigas, em rede social. Conversamos sobre o tempo em que convivemos com a escrita no laboratório de redação. Junto disso vieram as lembranças, as constatações mútuas sobre temperamento, anseios e, afinal, sobre envelhecer. Eu sempre achei Fernando uma pessoa simples, o que nunca significou um ser simplório. Simples para mim é quem não complica. E quando ele afirmou que "envelhecer é o que nos resta", certamente não quis dizer que é a única coisa que resta.
Desconfio que envelhecer implica em melhor aproveitar a implacabilidade do tempo. Aproveitá-la, na medida do possível, e também na do impossível, com boas tarefas, bons sentimentos, boas lembranças. Ainda tenho o chaveiro com logograma chinês da palavra felicidade, que ganhei do Fernando num aniversário. Uma forma simplificada para uma ideia abrangente. Fernando acertou em cheio no presente e naquilo que ainda hoje ele representa. E é uma felicidade, passado tanto tempo, poder falar sobre isso.
Valeu Júlio... Fiquei feliz com as suas lembranças!!!! Grande abraço. O próprio.....
ResponderExcluirFoi um prazer, Fernando. Outro grande abraço.
Excluir