"(...) EU NÃO TE AMO PORQUE QUERO
AI, SE EU PUDESSE ESQUECERIA (...)"
DOLORES DURAN
UMA AMIGA, APÓS ANOS AFASTADOS UM DO OUTRO, DISSE POR E-MAIL TER SENTIDO UM AMOR PLATÔNICO POR MIM. FIQUEI SURPRESO E TOCADO. COMO NÃO PERCEBI? E SE PERCEBESSE, TERIA COMPETÊNCIA PARA LIDAR COM O FATO? PENSEI NA MINHA RESPONSABILIDADE, EM TUDO O QUE EU POSSA TER REPRESENTADO COMO INSPIRAÇÃO DE UM AMOR. PENSEI NO QUANTO TAMBÉM A AMAVA, DE UM OUTRO JEITO, CREIO, E QUE NUMA ESCALA SERIA DIFÍCIL MENSURAR OS DOIS SENTIMENTOS.
A VERDADE É QUE O MAIS CERTO É NÃO SE SABER DE NADA. AMAMOS PESSOAS DE VÁRIOS GRAUS, E EM VÁRIOS NÍVEIS, POR MOTIVOS DIFERENTES. E CULTIVAMOS ESSES AMORES NA PRESENÇA E INTIMIDADE.
ÀS VEZES, PORÉM, FEITO A CHUVA QUE O VENTO JOGA NO ROSTO, O AMOR DE NOSSA PARTE CHEGA SEM AVISO. FITAMOS AQUELA RECENTE PESSOA E É COMO SE A CONHECÊSSEMOS HÁ TEMPOS; PELO CHEIRO, PELA VOZ, PELO SIMPLES SORRISO QUE, OLHANDO EM NOSSOS OLHOS, DESATINA.
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